IPS orienta segurados e população sobre intoxicação alimentar
Conheça as causas e formas de prevenção
Publicado em 12/03/2025 12:18 - Atualizado em 12/03/2025 13:42
.
.
A intoxicação alimentar é um grave problema em escala global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 600 milhões de pessoas adoecem todos os anos por comerem alimentos contaminados e 420.000 morrem pela mesma causa.
Para além desses números, é preciso estar atento à estação atual, o verão. É, durante esse período, que há um aumento considerável nos casos de intoxicação.
Por esse motivo, o Instituto de Previdência dos Servidores da Serra (IPS) preparou um material com perguntas e respostas sobre o tema. O conteúdo foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a médica perita Raquel Pires de Mesquita e o Departamento de Benefícios. Leia e compartilhe!
.
O que é intoxicação alimentar?
Ela ocorre após o consumo de alimento contaminado por toxinas microbianas ou substâncias químicas. Na primeira situação, o problema não é causado necessariamente pela ingestão do microrganismo em si, mas pelas toxinas que ele liberou no alimento. Já no caso da contaminação por substâncias, essa pode ocorrer durante o plantio, devido ao uso excessivo de pesticida ou pela falta de higienização das mãos, solo e água. Outra possibilidade é a contaminação posterior, ocasionada pelo armazenamento ou refrigeração inadequados.
.
Qual é a principal causa de intoxicação?
A bactéria Salmonella, a qual é transmitida após a ingestão de alimentos contaminados por fezes de animais. Os produtos mais propensos à contaminação são carnes, ovos, laticínios, folhas verdes e batata.
.
Quais são os sintomas?
Diarréia; vômitos; febre moderada; dor abdominal; mal-estar e fadiga; perda de apetite; calafrios e náuseas.
.
Há fatores de risco?
Sim. Existem públicos mais vulneráveis: as crianças pequenas, devido ao sistema imunológico ainda estar em desenvolvimento; os idosos, já que o envelhecimento enfraquece o sistema imunológico e reduz a acidez do estômago, facilitando a proliferação de microrganismos patogênicos; e gestantes, em razão das alterações que acontecem no sistema imunológico durante o período da gravidez.
Os outros públicos mais suscetíveis são as pessoas imunossuprimidas e com doenças crônicas. As primeiras possuem o sistema imunológico enfraquecido, normalmente, por tratamento contra câncer, por viverem com HIV ou por serem transplantadas. Já os casos crônicos envolvem os diabéticos, hipertensos e indivíduos com doenças renais ou hepáticas. Suas condições podem agravar a desidratação e dificultar a recuperação.
.
Há diferença entre intoxicação e infecção alimentar?
Sim. A intoxicação resulta da ingestão de toxinas produzidas por microrganismos, sem que haja a presença direta deles no intestino. Já a infecção alimentar ocorre, quando microrganismos patogênicos são ingeridos e se multiplicam no trato intestinal.
.
Por que os casos de intoxicação aumentam no verão?
Primeiramente, devido às altas temperaturas, que favorecem a multiplicação de bactérias, vírus e fungos nos alimentos. O calor também aumenta o consumo de água e bebidas em geral. Se esses líquidos não forem filtrados ou tratados corretamente, podem conter microrganismos patogênicos e levar a infecções.
Há ainda um aumento no consumo de alimentos que estragam mais facilmente, como frutos do mar, carnes grelhadas, saladas e frutas frescas.
Nesse período, também são mais frequentes os churrascos, festas e refeições ao ar livre. Muitas vezes, os alimentos transportados para essas programações não são refrigerados adequadamente. Podem ainda ser manipulados sem higienização das mãos ou entrar em contato com superfícies sujas.
.
Como prevenir a intoxicação alimentar?
Evitar alimentos crus ou mal cozidos, como carne, ovos e frutos do mar; lavar bem frutas, verduras e legumes, antes do consumo; evitar laticínios não pasteurizados; beber água filtrada ou fervida; armazenar alimentos corretamente e evitar o consumo de produtos vencidos.
Jornalista responsável: Daniel Vargas
Foto: Freepik
por Comunicação