IPS orienta segurados e população sobre Lesão por Esforço Repetitivo
Conheça os sintomas e formas de prevenção
Publicado em 09/04/2025 09:29 - Atualizado em 09/04/2025 10:05
Pesquisas mostram que a Lesão por Esforço Repetitivo (Ler) é considerada problema de saúde pública mundial desde o princípio dos anos 2000. Infelizmente, o Brasil não foge dessa realidade e possui estatísticas alarmantes. Estima-se que 15 milhões de pessoas sofram com essa enfermidade no País, que é classificada aqui como doença ocupacional e acidente de trabalho.
Contudo, apesar do número preocupante, é sempre bom lembrar que a Ler tem cura, especialmente, quando é diagnosticada de forma precoce e tratada desde o início. A recuperação varia de acordo com a gravidade da lesão, o tempo de exposição ao esforço repetitivo e a adesão ao tratamento.
Pensando nisso, o Instituto de Previdência dos Servidores da Serra (IPS) preparou um material com perguntas e respostas sobre o assunto. Ele foi elaborado por meio de uma parceria entre a médica perita Raquel Pires de Mesquita e o Departamento de Benefícios. Confira e compartilhe!
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O que é Lesão por Esforço Repetitivo (Ler)?
É uma doença que afeta músculos, nervos e tendões, geralmente, causada por movimentos repetitivos, esforço excessivo, posturas inadequadas no trabalho ou em atividades do dia a dia.
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Quais são os tipos mais comuns de Ler?
Tendinite (inflamação dos tendões); bursite (inflamação das bursas, que são bolsas cheias de líquido que reduzem o atrito entre os tecidos) e Síndrome do Túnel do Carpo (compressão do nervo no punho).
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Quais são os principais sintomas?
Dor local ou irradiada; formigamento; sensação de choque e agulhadas na área afetada; fraqueza e fadiga muscular; inchaço e dificuldade de movimentação.
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Quais são as causas mais frequentes?
Digitação por longos períodos; uso repetitivo de mouse; levantamento de peso de forma inadequada e trabalhos em geral que exijam movimentos manuais contínuos, como os realizados em linhas de montagem.
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Trabalho com computador. Quais são as dicas para prevenir esse tipo de lesão?
Há inúmeras orientações: a cada 25 minutos de digitação, fazer uma parada de cinco minutos e, a cada uma hora, sair da cadeira e se movimentar; beber água regularmente ao longo do dia; manter postura adequada, com ombros relaxados, pulsos retos, costas apoiadas no encosto da cadeira e plantas dos pés totalmente apoiadas no chão.
Outra dica quanto à digitação é não utilizar apoio de pulso, para não correr risco de provocar compressão nos nervos do pulso (Túnel do Carpo). Isso porque esse apoio é projetado para permitir o repouso confortável do pulso durante as pausas.
A cadeira e o modo de disposição do monitor também fazem toda a diferença. A primeira deve promover o ajuste da altura em relação à mesa de trabalho, e seu encosto o suporte integral para as costas.
O assento da cadeira deve-se ajustar ao usuário e nunca tocar a parte interna dos joelhos, para não afetar a circulação do sangue nas pernas. Quanto ao apoio de braços, esse é ergonomicamente questionável, mas, se optar por ele, deve-se certificar que não estão muito próximos ou muito afastados, muito baixos ou muito altos.
Já o monitor do computador deve ficar a uma distância mínima de 50 e máxima de 70 centímetros, ou, de modo mais prático, à uma distância equivalente ao comprimento do braço. A regulagem da altura da tela deve ser tal que se situe entre 15 e 30 graus abaixo da linha reta de visão.
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Apresento os sintomas da Ler. Qual profissional devo buscar?
Um ortopedista, que irá analisar histórico, atividades rotineiras e sintomas apresentados. O tratamento poderá envolver ainda profissionais como fisioterapeuta, psicoterapeuta e terapeuta ocupacional.
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O que pode acontecer, se eu não buscar tratamento?
A Ler pode se tornar crônica, causando dores persistentes, perda de mobilidade e até afastamento permanente do trabalho.
Jornalista responsável: Daniel Vargas
Foto: Freepik
por Comunicação